domingo, 25 de maio de 2008

PNEPemCHAVES: Escrevo para o Outro


Foram muitos os momentos que originaram encontros desta envergadura. Digo, foram, porque passaram, não sem que pudéssemos partilhar ideias e ideais, sonhos e realidades, utopias e verdades que as nossas crianças conseguem despoletar nelas e em cada um/a de nós.
Talvez por isso, desta vez possamos dizer: "Escrevo para o OUTRO, depois de ter escrito para MIM".
É que, cada qual à sua maneira expressava, no "Quadro Negro" e/ou no "papel", as ideias que gostaria de transmitir sobre o tema que se tinha decido reflectir.
Daí surgiam estratégias interessantíssimas que se iam concretizando à medida que avançávamos.
A organização geral do trabalho era feita por etapas.
Numa primeira etapa, firmávamo-nos numa necessidade premente. Discutíamos o porquê da nossa preocupação, procedíamos, depois, ao levantamento dos recursos materiais e humanosdisponíveis para podermos avançar num trabalho de investigação. Por fim, delineávamos a maneira de nos organizarmos. Geralmente esta organização sucedia em função dos temas alvos a tratar. Os recursos previstos não interferiam muito neste tipo de organização, uma vez que, tudo o que conseguíamos arranjar, era depositado na sala de aula, em local destinado para isso e servia para todos os intervenientes de cada grupo, fosse qual fosse o assunto destinado a cada um.
Numa segunda etapa, procedíamos à organização do material recolhido. Cada grupo procurava, de acordo com as hipóteses em questão, o setoque educativo que lhe fazia falta. Organizado o material havia que proceder a uma consulta mais atenta o que, por vezes, nos levava a uma redistribuição do mesmo.
A fase que se segue é a de um primeiro contacto com a escrita com registo da hipotética sequência de uma comunicação correctamente elaborada.
Assim sendo havia que ter em conta as três fases sequentes de um texto bem redigido: Introdução, Desenvolvimento do conteúdo, Conclusão. Nesta conclusão tínhamos, como princípio basilar a transposição da mensagem para a Vida. Por assim dizer, aquilo que «Tradicionalmente» chamávamos de «Lição de Moral» e que hoje se nos apresenta como "Lição de Vida". Em nosso entender a mesma coisa, dita com palavra(s) diferente(s).
Ainda nesta etapa, surgiam, como ponto de apoio à escrita, os «tópicos / ideias» a seguir.
Na «terceira etapa», cada grupo escrevia o que lhe parecia mais válido. A autonomia era total. Sob o olhar atento da professora, os textos apareciam sem grandes dificuldades. A escolha do porta-voz do grupoficava ao critério do mesmo. A princípio surgia, frequentemente, um certo egoismo que se ia desvanecendo à medida que progredíamos neste género de trabalho. Qualquer dúvida surgida era colocada e esclarecida de forma a não perturbar o trabalho dos diferentes grupos. Quando surgiam dúvidas na escrita de palavras, cada «duvidoso» escrevia no quadro e, o olhar atento da professora, anuía, corrigia, no momento, ou deixava para mais tarde onde se procedia, colectivamente, a um tratamento mais profundo.
Havia, agora que reescrever (passar o trabalho a limpo)o texto produzido. A Ilustração constituía, também, um ponto alto do nosso trabalho. Consideramos ser a força e o reforço de um trabalho complementar.
Numa quarta e última etapa procedia-se à partilha dos saberes conseguidos por cada grupo.
É, então, que surge a apresentação dos trabalhos aos colegas, aos pais, à comunidade seguundo organizações levadas a cabo e que deixaremos registadas, mais pormenorizadamente, em breve, para alguns momentos de reflexão.
É um trabalho aliciante. Surgem trabalhos verdadeiramente criativos, imaginativos, de grande estímulo para o professos e seus pares: adultos.
Iremos falando destes novas oportunidades. Até lá, fica um abraço amigo. Isaura.

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