quinta-feira, 1 de julho de 2010

OS MEGAGRUPAMENTOS

Mais uma dúvida se me colocou ontem, acrescidas a tantas outras que já se equacionavem desde a última entrada neste espaço. "Os mega-agrupamentos" são mesmo para ficar? Ninguém ousou responder, apesar algumas interpelações serem colocadas aos responsáveis políticos locais.
"Caladinhos como ratos", sobre tal questão, apenas se pronunciaram sobre a forma discursiva como foi fewita a interpelação. Na verdade estava muito bem escrito e, aliás, tocava todos os pontos. Quando a pergunta directa foi colocada, pura e simplesmente foi dito, pelo senhor Presidente, em exercício na Assembleia Municipal: -- A senhora deputada está a fugir à questão.
Refutada tal interpretação, acabou por, mais uma vez, a palavra ser retirada.
A EDUCAÇÃO passa sempre ao lado, seja de que maneira for. Desta vez até se tinha mudado de interveniente.
As conclusões, foram as mesmas. Que razões haverá para tal?
Agradeceria imenso se alguém pudesse esclarecer.
Apenas poderemos afirmar, sem qualquer margem de erro, que são os sobreviventes dos gabinetes que cozinham todos os pratos que, depois, são servidos frios a quem, no terreno, tem que por a funcionar o sistema nem que seja a "toque de caixa".
E quem paga? Os nossos alunos e as nossas alunas. Já nem me refiro aos professores e professoras cujo pagamento se reflecte, apenas, num desgaste psicológico sem limites para aqueles e aquelas que, ainda crêem e esperam uma compensação que se veja revertida nos deveres cumpridos,  já que os direitos nos são cerceados a torto e a direito. Não podemos esquecer, contudo, aqueles que fazem da escola o lugar de passagem do tempo, à espera que a avaliação lhes possa compensar todo o esforço usurpado a todos/as quantos/as que, de boa vontade se arrojam, ainda, a ser mal-tratados e espezinhados.
Meus Senhores e minhas senhoras é tão só este o retrato do momento histórico-educativo que estamos a atravessar. Senão vejamos.
Eleitos por três/quatro anos, nem sei bem, os Directores, vêem-se, agora ultrapassados pela legislação surgida do nada. Há que se entenderem com outros directores e encontrarem a saída para o emaranhado em que os colocaram, sem lhes pefir licença.
É uma das consequências da crise que estamos a atravessar, dir-se-á; é uma questão de poupança.
Não pode ser. Para poupar uns largos milhares de Euros bastaria, tão só, não se atribuir o complemento de vencimento aos senhores directores, pois, tanto quanto sabemos, o trabalho e a responsabilidade que lhes é imputada não é maior que a nossaa. Bem pelo contrário!...
O resto ficará para a próxima ... Até lá, Isaura.