sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

ANO-NOVO ...

... se, na verdade, temos sido um pouco distraídos/as nos contactos que este espaço nos oferece, temos a certeza que algo nos une e, como tal, havemos de continuar a trilhar caminhos de partilha, percursos de sucesso, em caminhadas conjuntas que nos ajudarão a ir mais além, em termos educativos: pessoais/profissionais. Pelo menos, assim o desejamos.
Como tal e ainda que não tenhamos cumprido uma promessa silenciosa que todos os dias nos chama a atenção para esta necessidade de partilha de sonhos, de ideais, de ideias, de estados, de sentires, de desejos multiplicados por "n" situações de vida e de trabalho, cremos, sinceramente, que poderemos "remendar este buraco" criado pelos múltiplos afazeres de um quotidiano supercheio de boas-vontades, mas falho de realizações.
Temos que confessar o nosso pecado. Reconhecer as nossas falhas, as nossas limitações, consideramos ser uma virtude que, aliás, nos tem ajudado a crescer numa aprendizagem que jamais desperdiçamos.
Ora, se o "ANO-VELHO" vira "ANO-NOVO", algo terá que "virar" nas nossas vidas. Quanto mais não seja em intenções. E as nossas são repletas de coisas boas. Por isso, ainda que não cumpridas, vamos mantê-las vivas para que nos abram caminhos de renovação de votos de um ANO 2011 pleno de realizações pessoais e profissionais.
Para todos quantos estejam perto ou longe de tudo quanto fica dito e feito deixamos os VOTOS sinceros de Muito sucesso em todas as realizações pessoais e sociais.
Um abraço e num até breve um até sempre. Isaura

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Tenho uma mente que pensa...

Não sei se a mensagem foi, ou não foi entendida. Hoje, ao relê-la, vi que estava no plural:
temos uma mente que pensa e um coração que ama
.
Na verdade, tivemos o cuidado, aliás tem sido esse a principal fonte do nosso sucesso, de frisar bem o singular, visto que é nesta singularidade que "SOU PESSOA IMPORTANTE". Não foram, como não são raras as vezes que pergunto às crianças, aos jovens, com quem tenho tido o prazer de trabalhar, se "são pessoas", melhor, "se és pessoa importante". E, na verdade a primeira palavra que aparece é "NÃO".
Porque será? Há também aqueles e aquelas que, na sua irreverência, porque hoje "alguns jovens" são assim, irreverentes, só para se fazerem "notar". Também falo desses, naturalmente. É através dessa irreverência que, muitas vezes se abrem essas "portas" que todos temos e que, tantas vezes, não sabemos abrir e fechar no momento exacto.
Pois bem, são "lições de vida" que nos ficam a marcar uma passagem cujo rasto se vai desvanecendo à medida que o tempo vai passando, se não tivermos a coragem de as ir passando para quem delas queira usufruir.
É para isso, também, que servem estes espaços, desde que tenhamos alguma coisa para contar.
Há-de haver mais, decerto.
Até lá, um abraço amigo. Isaura

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sou Pessoa Importante

Tal como deixei claro no último contacto aqui vos deixo um pouco do que se passou com alunos de 6 anos, portanto, do 1.º Ano de Escolaridade Obrigatória. Estávamos no início de um tema cujo conteúdo nos interrogava: -- Afinal, quem sou eu?
Por mais que a conversa tentasse seguir o rumo pretendido, não havia maneira de chegar ao que pretendia. Até que, olhando através da janela, vimos passar, em frente à escola, uma Pessoa.
--Afinal, quem vai ali?
-- Uma pessoa, dizem os/as alunos/as, em coro.
-- Pois é. E, então, quem sou EU?
-- Tu és a nossa professora.
-- É verdade, mas para além disso, quem sou eu?
-- És uma Pessoa muito importante.
-- Obrigada por reconheceres isso. E tu? Serás que és uma Pessoa muito Importante?...
Entre o sim e o não, ficámo-nos pelo SIM. E, escrevi no quadro negro de ardósia: Eu sou uma pessoa muito importante.Utilizando o método global de palavras adequado à nossa realidade, passámos ao estudo das palavras com necessidade de uma atenção mais profunda. E, há logo uma aluna que diz:
-- Ó professora, na palavra importante está a palavra porta. Nunca me tinha passado pela cabeça tal análise. Foram as próprias crianças que construíram a aula, a partir de então. A professora limitou-se a seguir o raciocínio dos/as alunos/as e a provocar algumas ideias que já estavam na nossa mira, há algum tempo.
Encostada ao quadro, nem queria acreditar no que ouvia.
--Pois é, a palavra porta está além, na porta de entrada na sala.
-- E para que serve? -- Pergunta a professora.
-- Para entrar -- diz a Sofia.
-- E para sair -- acrescenta o Pedro.
-- E nós deixamos entrar cá alguém que nos faça mal? -- Continua a professora, depois de escutar o que se passava à sua volta.
-- Não. Dizem, em coro.
-- Então, que terá a ver a palavra porta com a pessoa importante que cada um/a de nós é?
-- É que nós temos uma porta no nosso corpo, -- diz a sara.
-- Pois temos, diz o João. Já aprendemos isso. É a "mente". E só deixamos lá entrar as coisas boas que aprendemos, as coisas boas em que pensamos, as coisas que nos fazem felizes.
A professora continuava expectante, verdadeiramente enternecida com o que se passavà diante dos seus olhos.
-- Mas, nós temos uma outra porta -- acrescenta o Nuno. É o coração.
Aí, a professora não resistiu e entra na conversa prolongando-a até ao limite do tempo que nos restava, numa oralidade sempre mais e mais atraente.
Depois de termos avançado o suficiente tornando este momento o mais rico possível rematámos o trabalho com esta maravilha que vos deixo:


Temos uma mente que pensa.
Temos um coração que ama
.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Que Nevão!...

É verdade. Já lá vão e não voltam. Apenas em recordações.
E, se "recordar é viver", nada melhor que reentrar no passado, algo distante, e revivê-lo nas belíssimas
paisagens cobertas do "manto branco" que dá uma profundidade intensa a toda uma vida vivida em comunhão. Uma comunhão com todos/as "aqueles/as que já lá vão", e com todos/as "aqueles/as que ainda cá estão". Não diremos tanto com todos/as "aqueles/as que virão", mas podemos dizê-lo com "aqueles/as que já cá estão". Na verdade, se o passado pode ser revivido, o presente pode ser vivido. E é
isso que mais nos deve motivar, sem deixar secar as raízes que nos ligam a tantos momentos que nos ajudaram a sentir e a viver esate presente/futuro tão íntimos que não podemos distingui-los. Porque eles se interligam de tal maneira que, neste momento, podemos dizer que "o momento de agora, já não é o de agora".
Tal é a nossa vida: (...) "Esperança que voa; um ar que mal soa..." 


E nós, ainda temos essa ousadia de desafiar o tempo presente em questeúnculas que nos fazem sofrer, em ninharias que nada nos trazem de felicidade. Decerto, há momentos em que as nossas emoções "estalam". Deixemo-las esvaziar, de
mansinho, pois até elas se vão e voltam nesse rodopiar que só uma vida com sentido pode suplantar. 
Mas, não foi muito por isso que aqui viemos, desta vez. Viemos trazer um pouco desse passado que hoje teima em nos aparecer de forma um pouco diferente. 
"O nevão encerrou escolas, as vias estão
intransitáveis". Que desgraça!...
No entanto vêem-se aqui e ali "alguns momentos de felicidade" numa guerra de "pelotada".
É caso para dizer: -- Que saudades!...
Ou, então, pegar nos nossos conviventes e levá-los "a pé" desfrutar dessas maravilhas que só uma natureza pródiga em fenómenos desta envergadura nos pode oferecer. 
Mas como, se as vias estão interropidas e não se pode passar?
Pois bem. "Antigamente" e não vão lá muitos anos, íamos a pé. De galochas, atravessávamos campos e serras, a neve penetrava, sem pedir licença, por entre as meias de lã, quentinhas, amolecendo os pés que nem sequer tinham tempo para esfriar; as escolas fechavam portas durante semanas, nesta proximidade de Natal e nem por isso os professores se preocupavam com a matéria que se não dava. É que os alunos estudavam-na. Mesmo sem aulas, nós estudávamos. Nós aprendíamos, com neve e sem neve, com gelo e
sem gelo, com frio e sem frio. E hoje? 
Nem de uma maneira nem de outra. Não se estuda. Pura e simplesmente se vive à espera que nos ensinem. E "no meu tempo" a escola era, também, escola; os alunos eram, também, alunos; os professores eram, também, professores. Sou professora. Ainda que, algo adiantada em idade, continuo firme no meu posto. E posso garantir-vos que não me preocupo com -- ensinar o que quer que seja às minhas alunas e aos meus alunos. preocupo-me, sim, com que elas e eles aprendam. E, por minha vez, disponho-me a aprender com eles. E tenho aprendido, durante meio século (já lá vão 5 décadas, não, 50 anos, e ... parece que foi ontem!...), decerto, mais do que tenho ensinado. 
Apenas tenho deixado bem vincada essa necessidade de "Ser Pessoa Importante".  
Dir-vos-ei porquê, "nos próximos capítulos".
Ia desejar-Vos "Bom Natal", mas, ainda nos vemos antes. Aliás, "Faz-se Natal todos os dias".
Deixo, apenas, um abraço fraterno e algumas imagens que nos podem ajudar a entender as maravilhas que nos proporcionam estes dias frios de Outono.
Isaura

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Valores (i)mutáveis.

"(...) Até à década de sessenta a escola apresentava-se como instituição baluarte de valores imutáveis que era necessário preservar e difundir.
Hoje a realidade do discurso produzido pela escola e sobre a escola é estruturalmente diversa" (J. A. Correia, 1990:15).
Por outro lado:
"Assistimos nos nossos dias a uma renovada preocupação pela ética e pelos valores, visível nos mais variados sectores da viada social, apesar do relativosmo ético e axiológico que ganhou popularidade ao longo do século XX e, em parte, como consequência dele (Noesis, nº. 77:2009).
Dois pontos de vista que se cruzam numa única preocupação ainda que distante na história de uma escola que parece não se ter encontrado consigo mesma. E já lá vão, aproximadamente, cinco décadas.
Perante as opiniões destacadas no tempo, eis que surge algo que as funde: as preocupações de hoje correspondem aos anseios de ontem.Os valores "imutáveis" que, à época, era necessário "preservar e difundir", parecem tomar, hoje, uma nova forma traduzida na expressão "renovada preocupação pela ética e pelos valores" . Será que á, aénas uma questão linguística, ou será que as palavras de uma língua mais refinada não quererão dizer a mesma coisa?
Eis uma questão que me tem oferecido alguns momentos de reflexão, não fizesse, eu própria, parte integrante de ambas as épocas, como profissional altamente empenhada em aplicar os valores que é necessário "preservar e difundir" nessa preocupação sempre renovada onde a ética, essa "Parte da Filosofia que trata da moral e das obrigações do Homem" (Grande Dicionário Enciclopédico) não podia deixar de estar presente. E isto não pode, de maneira alguma, fazer parte, apenas, da ciência a que muitos não tiveram acesso; tem que fazer parte de uma filosofia de vida que a todos diz respeito.
E é nesta filosofia de vida que a educação tem que hoje, mais que nunca assentar. Educação de um quotidiano em efervescência contínua a que temos que nos adaptar, aceitando, e, com base nos conhecimentos que vamos buscando em autores cujos pontos de vista se confundem e/ou se difundem transformá-los em ensinamentos e, sobretudo, em práticas diárias, junto dos nossos educandos, onde nós cabemos, também.
Na verdade, todos/as somos educadores e educandos em potência. Há que aproveitar essa dualidade e, como mais experientes, fruto de uma vida vivida em consonância com esses tais valores a "preservar e difundir", procurarmos oferecê-los às novas gerações, através da palavra falada e escrita e do exemplo.  

sábado, 20 de novembro de 2010

Escola.Quem´és TU?


  Na verdade, é caso para perguntar!...
Um conjunto de pessoas que têm, apenas, a voz daqueles que, a qualquer preço, tiveram a oportunidade de serem, democraticamente, "eleitos",  "designados", "nomeados", sem que sequer se dessem ao cuidado de assumir o "preferencialmente"que a legislação "dita".
A escola é isso mesmo: o que "eles querem". Só que esse "eles", nem sequer se dão ao luxo de se relacionarem pessoalmente, como pessoa, entenda-se, com quem quer que seja que lhe é inferior, hirarquicamente, falando. Há os "superiores hierárquicos" que erguem o seu "facho luminoso" e os seus inferiores que, por mais que tentem sobreviver dentro do direito e da justiça que, também a  lei lhes cofere, não há força que lhes resista. Nem mesmo a força da sua razão.
É esta a escola que temos. Até quando? Até que a AVALIAÇÃO chegue aos seus limites. 

Mas não é esta Avaliação que tentam colocar no terreno: Decreto-Lei, atrás de Decreto-Lei, Despacho, atrás de Despacho, Portaria, atrás de Portaria, e tantos outros documentos emanados de um Ministério que não chega a convencer os mais crédulos.
Sim. Porque eu, perdoem esta pessoalidade, até acredito na necessidade de uma Avaliação séria, rigorosa, mas credível. Esta não é. Para que haja Avaliação terá que haver um sistema (e digo sistema) onde se inclua a Formação Contínua e continuada, permanente, séria, que vá de encontro às necessidades primeiras dos professores nas suas escolas, junto dos seus alunos, junto dos seus professores, junto dos pais/encarregados de educação, junto de uma realidade observável, quando não palpável, num todo diversificado e diverso com características muito peculiares.

Será que tudo isto é possível?
Claro que é. Nada é impossível, quando há ao lado de cada um/a de nós pessoas que promovam o bem-estar de todos os "sobreviventes" deste sistema que tem servido mais para baralhar, mais para confundir, mais para dividir, mais para criar desigualdades, mais para encobrir competências e "reconhecer/premiar" (?)  incompetentes, do que contribuir para a clarificação, a coesão, a motivação dos seus principais actores. 

margaridadoscampos

Por isso e só por isso a EDUCAÇÃO sofre os revezes de um estado, onde cada qual se safa, nem que seja atropelando aqueles que, de boa fé, (creiam que já não são muitos) se entregam a uma causa educativa de qualidade. 
Porque, ainda os há.
Desta vez, creio que vimos para ficar. Não é uma promessa vã. Iremos tentar, por todos os meios, para que a tua sobrevivência seja uma nota inovadora no vastíssimo terreno que há que desbravar. Até breve, Isaura.    

quinta-feira, 1 de julho de 2010

OS MEGAGRUPAMENTOS

Mais uma dúvida se me colocou ontem, acrescidas a tantas outras que já se equacionavem desde a última entrada neste espaço. "Os mega-agrupamentos" são mesmo para ficar? Ninguém ousou responder, apesar algumas interpelações serem colocadas aos responsáveis políticos locais.
"Caladinhos como ratos", sobre tal questão, apenas se pronunciaram sobre a forma discursiva como foi fewita a interpelação. Na verdade estava muito bem escrito e, aliás, tocava todos os pontos. Quando a pergunta directa foi colocada, pura e simplesmente foi dito, pelo senhor Presidente, em exercício na Assembleia Municipal: -- A senhora deputada está a fugir à questão.
Refutada tal interpretação, acabou por, mais uma vez, a palavra ser retirada.
A EDUCAÇÃO passa sempre ao lado, seja de que maneira for. Desta vez até se tinha mudado de interveniente.
As conclusões, foram as mesmas. Que razões haverá para tal?
Agradeceria imenso se alguém pudesse esclarecer.
Apenas poderemos afirmar, sem qualquer margem de erro, que são os sobreviventes dos gabinetes que cozinham todos os pratos que, depois, são servidos frios a quem, no terreno, tem que por a funcionar o sistema nem que seja a "toque de caixa".
E quem paga? Os nossos alunos e as nossas alunas. Já nem me refiro aos professores e professoras cujo pagamento se reflecte, apenas, num desgaste psicológico sem limites para aqueles e aquelas que, ainda crêem e esperam uma compensação que se veja revertida nos deveres cumpridos,  já que os direitos nos são cerceados a torto e a direito. Não podemos esquecer, contudo, aqueles que fazem da escola o lugar de passagem do tempo, à espera que a avaliação lhes possa compensar todo o esforço usurpado a todos/as quantos/as que, de boa vontade se arrojam, ainda, a ser mal-tratados e espezinhados.
Meus Senhores e minhas senhoras é tão só este o retrato do momento histórico-educativo que estamos a atravessar. Senão vejamos.
Eleitos por três/quatro anos, nem sei bem, os Directores, vêem-se, agora ultrapassados pela legislação surgida do nada. Há que se entenderem com outros directores e encontrarem a saída para o emaranhado em que os colocaram, sem lhes pefir licença.
É uma das consequências da crise que estamos a atravessar, dir-se-á; é uma questão de poupança.
Não pode ser. Para poupar uns largos milhares de Euros bastaria, tão só, não se atribuir o complemento de vencimento aos senhores directores, pois, tanto quanto sabemos, o trabalho e a responsabilidade que lhes é imputada não é maior que a nossaa. Bem pelo contrário!...
O resto ficará para a próxima ... Até lá, Isaura.

sábado, 19 de junho de 2010

O Cúmulo das Reformas

Ontem, aliás, nestes dias atrás, deparei-me com algum burburinho na escola, entre professores e mais alguns funcionários. Sem me meter na conversa que me parecia algo confidencial, ia-me apercebendo que algo incomodava as pessoas. Foi o suficiente para me aproximar e entar nos meandros secretos que andavam no ar: "Desconfia-se que ... "OS MEGAGRUPAMENTOS".  Porém, ia tentando duvidar do que ouvia, dado que sou uma pessoa atenta e interessada por questões políticas, dizendo que ainda não tinha ouvido o que quer que fosse na comunicação social. Mas, pelos vistos, até era certo; havia alguma razão de ser no que considerava não passar de um «boato».
E aqui está a questão, pelos vistos inquestionável: na verdade já há em campo instruções rígidas para que as nossas escolas se agravem ainda mais do que já estão.
Quando será que esses SENHORES do PODER sairão dos gabinetes, tão limitativos de uma visão correcta do que se passa nas realidades escolares deste País, para saberem, verdadeiramente, que isto não tem cabeça, cujo pensamente constitua uma razoabilidade, mínimamente aceitável, porque irrazoável, muito menos pés para andar? Que isto não é educar? Que o pouco sucesso educativo (nada de confusão entre sucesso escolar e educativo), se é que o há, está, ainda, mais condenado ao fracasso?
Na realidade, é inadmissível o que está a acontecer!...
Sou professora, ainda no activo, há 49 anos - meio século de história da educação é muita história, sobretudo quando a entrega tem sido total. Não sei o que me poderá acontecer por dar a minha opinião. Decerto nada. Os DONOS do PODER andam tão assoberbados com ideias tão absurdas que nem tempo têm para passar, uns minutos que sejam, para se deter a ler a opinião daqueles que, no terreno, têm uma visão completamente diferente das suas e, como tal, uma palavra a dizer. São perfeitos visionários que escondem as garras do «posso, quero e mando» atrás de um sorriso sarcástico, raivoso, pensando que, ainda enganam o "Professorado".
Este, por sua vez, vai desgastando energias em questões fundamentais à sua vida profissional que, por ser responsável, não deixa de afectar a sua vida pessoal. E andamos assim há anos!...
Onde está o resultado de uma eleição para 3/4 anos de um Director de Agrupamento que, agora, se vê defraudado nas suas expectativas? Por convicção, mais que por acaso fui uma das candidatas. E, ainda que fosse o melhor Currículum (ninguém o duvide...Tenho provas) fui irradiada "sem dó nem piedade".
São, também esses, os «jogos sujos» que a politiquice barata joga a seu bel-prazer.
E, nem a minha formação familiar, oriunda de camponeses honestos e trabalhadores, nem a minha formação académica terminada em 1961, muito menos a minha dedicação profissional / formação profissional adquirida, sabe Deus a que custos (!) me permitem aceitar sem refutar uma tal ignomínia.
Para bem dos meus alunos a quem amo, em primeiro lugar (há provas irrefutáveis disso mesmo), para bem do meu País a quem tenho dedicado uma parte substancial da minha vida, para bem dos jovens professores, classe a que me orgulho de pertencer, não posso calar esta falta de respeito por que estamos a passar. Aconteça o que acontecer, de nada vale calar a razão de quem possui os trunfos e os não pode jogar. Doa a quem doer, há que alertar a sociedade para as barbaridades por que a educação está a passar.

domingo, 13 de junho de 2010

Fim de Semana em Cheio

Na verdade, foi mais um final de semana, abrangente ao feriado da Portugalidade, vivido de uma forma um tanto ou quanto diferente. Pude, durante alguns momentos, reviver os meus primeiros tempos de vidaprofissional naquela que foi a minha primeira escola.
Como tudo está diferente!..
A escola mantém, a mesma traçao: Plano dos Centenários, sólida, agreste como as cercanias que a rodeia. O espaço circundante, esse é que sofreu mudanças e para bem melhor. Dá gosto, na verdade, poder rever lugares e pessoas com quem partilhámos momentos de felicidades indescritíveis. Pode ser que ainda voltemos a revivê-los, através das memórias escritas, já que recuar a um passado fértil em realizações é, quando muito, um dever que nos assiste dando-o a conhecer e um direito não menos válido pela manifestação de glórias que urge descrever, também.

Para já ficam as imagens. Elas valem e falam por si.

domingo, 6 de junho de 2010

Aprender Com Boas Práticas

Nada melhor que o título escolhido, bem como a etiqueta que se lhe segue, para poder reflectir sobre acontecimentos que nos ajudam a crescer e partilhar a riqueza que tive a oportunidade de vivenciar nesse final de semana e neste início de uma outra que, esperamos, seja plena de realizações para todos quantos e todas quantas fazem da vida algo mais que entregar-se às adversidades temporais por que passamos. E todos nós passamos. Mais cedo ou mais tarde ninguém está imune a contratempos que temos que encarar, assumir, aceitar, erguer a cabeça para os céus e avançar ao ritmo, também, dos outros. É que não há alternativa. Para quem nos conhece sabe bem do que falamos; para quem desconhece o que estamos a passar vai uma palavra de conforto e de ânimo: não podemos entregar-nos à tristeza que nos invade perante situações que não podemos mudar, como não podemos entregar-nos à dor que chegando ao mais profundo da alma e nos martiriza, em momentos que também são nossos.
Ontem, sábado, conseguimos organizar a vida familiar, profundamente abalado pela doença que não tem volta, e participar numa sessão subordinada ao título desta mensagem. Foram, na verdade momentos altos de Educação de ADULTOS. A expressão em destaque quer, tão só, alertar-nos para esta realidade que anda muito arredada dos nossos quefazeres constantes. Vale a pena, na verdade, "perder/ganhando tempo" em questões que, tantas vezes nos passam ao lado. É que os ADULTOS, esses "seres sabedores de tudo"(?) também têm que continuar a Educar-se. E, ou se coeducam/autoeducando-se, ou recorrem a instituições que os ajudem a autoeducar-se/coeducar-se. Foi isso mesmo que aconteceu. Com a ajuda de alguns referenciais humanos pudemos, na verdade, avançar um pouco mais. Parabéns a todos e a todas os e as presentes.
Por outro lado, e como não posso assistir, presencialmente, à missa dominical, como era nosso hábito e convicção, assistimos à Eucaristia celebrada através da TV. Hoje, a nossa viagem, conduziu-nos até Guimarães, mais concretamente, S. Torcato. A nossa comunhão eucarística permitiu-nos o encontro com adultos e crianças e muitos e muitas jovens em actividade de igreja, o que mexeu, connosco, de forma muito especial. Tão especial que não resistimos à bela tentação de oferecer esta mensagem amiga com que um dos grupos de jovens terminou estamtpada numa faixa: VEM E SEGUE-ME.
Também nós, dentro das limitações que temos o seguimos por caminhos que, ainda que diferentes, nos hão-de levar mais longe. Fica expressa a nossa gratidão, juntamente com uma imagem que enche de gozo a nossa alma e que, em nosso entender, traduz o que, em palavras, nos faltou dizer. BEM-HAJAM

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O REGRESSO

Na verdade, houve como que uma desmotivação pela parte quer me toca.  Ainda que com algumas reservas, tenho que o confessar. E, não será "pecado", decerto, reconhecer os falhanços que nos levaram a por de lado, a deixar "esfriar uma actividade que até nos trouxe algumas alegrias à mistura com algumas desilusões.
Pois bem... Estas terão que ser tomadas como reflexões profundas para ver se vale a pena transformá-las em realizações mutantes; aquelas temos que continuar a cultiválas, até porque a Vida sem Alegrias não tem qualquer sentido, não tem qualquer Valor. Será o mesmo que dizer que  Escola sem Alegrias não se justifica como tal.
São estes os motivos que nos levaram a recomeçar, ainda que tardiamente.
"Mais vale tarde do que nunca" -- Diz o POVO e com razão. E, como nós somos parte integrante desse POVO, não podemos, nem devemos fugir à regra.
Para quê tanto palavreado? -- Perguntar-nos-ão.
Apenas para dizer que, as condições que geriram este espaço, desapareceram. E isso levou-nos a perguntar se valeria a pena priosseguir com o nome com que foi criado, já que as condições se alteraram. Por outro lado, não deixamos de considerar que a Escola como vital à formação humana, tem o seu lugar muito bem definido. Assim o entendemos, tal como entendemos que o título que atribuímos, em determinado momento, pode, perfeitamente, adaptar-se à "Escola da Vida", pelo que essa mesma Escola/Vida pode e deve ser vista "a olho nu.
Hoje, num desses intervalos entre os apoios escolares/educativos que nos foram confiados, de certa forma, tacteante, dado que é um projecto em início, mas que abraçámos com o mesmo entusiasmo com que abraçamos qualquer causa educativa, decidimos recomeçar propondo-nos introduzir uma lufada de ar fresco a um espaço linguístico, científico, problematizante da vida de professores/educadores/educandos, campo em que temos uma palavra a dizer até pela experiência frutificante que fomos construindo, avaliando,  explorando cada situação de ensino/aprendizagem que nos ajudaram a manter a chama com a mesma intensidade com que iniciámos, há quase meio século atrás. Decerto, mais fortalecida pelas múltiplas oportunidades vivenciadas em contextos completamente diferenciados e identificados.
Pois bem, só isto nos trouxe até aqui, de novo. Trataremos de trazer "Histórias de Vida" que nos ajudaram a ser melhores professoras(es)/educadoras(as), situando-nos, ainda, num processo sempre inacabado de aprendizes.
Viremos para ficar, se Deus nos ajudar e se conseguirmos encontrar o feed-back necessário a um intercâmbio ideológico que nos transpoprte sempre mais longe.
Temos consciência que há, hoje mais que ontem, uma longa caminhada pela frente que desejaríamos ajudar a percorrer com confiança e em segurança.
Até breve, Isaura.           

domingo, 10 de janeiro de 2010

Sucesso Escolar / Educativo

Na verdade este Novo-Ano traz-nos, agora, como que uma lufada de ar fresco em termos do sucesso dos nossos alunos e seus professores.
Será que as coisas se nos apresentam assim tão simples quanto as pintamos?
É o que se irá ver.
Um destes dias chegando à "Minha Escola -- Sede de Agrupamento" e, após os cumprimentos habituais, a grupo de alunos que encontrava pelo circuito escolar, sem resposta, na maioria dos casos, a Auxiliares de Acção Educativa, agora transformados/as em "Operadores/as ... não sei que mais", preferia a primeira designação, pois dizia-me muito mais, com a resposta afável digna de quem sabe corresponder, passo a encontrar uma colega com quem vou partilhando algumas tarefas de biblioteca, com quem, depois de nos cumprimentarmos, comentei o "Célebre e tão almejado acordo --> ME / Organizações Sindicais".
Sentindo-me muito mais tranquila, mais pelos "novos" que pelos da minha geração, diga-se, em abono da verdade, fiquei algo surpreendida ao ouvir que não seria assim tão bom...
Sinceramente, fiquei a remoer a observação e ... perguntei a mim mesma: Afinal o que é que os professores querem?...
Se se reparar destaquei: minha geração. Sim, porque a minha geração está toda fora do ensino / aprendizagem. Estou «velha» para estas coisas. Será isto mesmo? Nunca me conformei com a paralisia educativa; sou a favor da mudança, da inovação através do sucesso dos meus alunos crianças e jovens, dos seus professores; sempre pugnei por uma escola sadia em corpo e alma.
Não consigo entender esta «insatisfação desmedida». Considero-a inibidora, retaliadora, nefasta para todos os seus utentes.
Será que também se avaliarão estes Parâmetros?... É o que vamos ver. Aguardemos.
Até breve e um abraço, Isaura.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

PNEPemCHAVES

Na verdade, ainda não consegui entender qual o motivo por que se procedeu a tal mudança sem que se tivesse uma palavra justificativa para quem tinha iniciado um trabalho que teve a qualidade possível, dentro das limitações reconhecidas e assumidas por quem estava plenamente «mandatada» para dar continuidade a um trabalho que até prometia.
Nesta realidade que não pode ser negada por quem quer que seja, o trabalho iniciado de forma responsável, atenta, consciente, crítica, íamos encontrando algumas respostas para atenuar, minimizar problemas geradores de insucesso, sobretudo no ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa, geradora de imensas actividades que visavam o desenvolvimento das componentes fundamentais do comportamento inteligente: compreensão verbal (oral e escrita), a fluidez verbal (oral e escrita), a aptidão númérica, a aptidão espacial, a rapidez perceptiva, o raciocínio geral.
Cremos ter podido entrar, com mais ou menos convicções, nestes campos.
Esperávamos, seinceramente, poder entrar num outro campo um pouco mais complexo, a partir das estruturas lançadas, contemplando um panorama científico mais actual e a sua prospecção.
Não somos estranhos a que a psicometria contemporânea se enfrenta com a necessidade de avaliar novos resultados cognitivos, escolares, especialmente "habilidades de alto nível cognitivo, tais como, resolução de problemas, raciocínio e pensamento crítico" (Teresa González Ramírez - coord., 2000).
E, se sabemos quão necessário e útil nos seria!...
Contudo terminou. E, segundo cremos, terminou, porque tivemos a ousadia de discordar, em vários momentos, de quem «manda».
Apenas um exemplo: quando, num plenário falei de Método Global na Iniciação à Leitura/Escrita, ouvi, de imediato por responsáveis ministeriais: -- O Método das 28 Palavras.
Como se este método se reduzisse, apenas, a 28 palavras!...
Incrível!... Verdadeiramente inacreditável!...
Em breve comprovarei, não de uma só vez, e para quem quiser dar-lhe nova forma do método global de todas as palavras que ultrapassa, em muito, essa fase de iniciação, para se projectar na fase de desenvolvimento.
Até lá, proponho uma reflexão sobre atitudes de pressão psicológica que só consegue ultrapassar quem, de boa vontade, se envcontra com a vida e com a escola.
Um abraço, Isaura.
    

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Vencer Dificuldades...



Mesmo depois de soltas dos ramos que as viram nascer e desenvolver, são belas. Até que venham as chuvas e as transformem em alimento que se renova...
Bom seria que a nossa vida sofresse os mesmos trâmites!...
Bom seria que, como educadores, sentíssemos essa necessidade vital de alimento que se renova e nos renova!...
Na sequência do que deixámos registado, no nosso último contacto, podemos asseverar que esta é uma máxima que sempre conseguimos pôr em prática, ainda que à custa de muitos sacrifícios e contrariedades que fomos, melhor, que vamos ultrapassando em fases algo difíceis do nosso quotidiano. Ontem foi um desses dias. Já pela segunda vez nos dirigimos à Universidade que nos abriu as portas à continuidade do nosso percurso académico para requerer o respectivo Certificado, pontapé de saída para a emissão do Diploma que nos há-de conferir o acesso à Comunidade Científica, não sabemos, ainda, muito bem como. E, quantas peripécias!...
Pois é: desde o ter esfacelado o carro, em inversões de marcha por veredas destinadas a peões, à tomada de uma refeição breve, ao regresso algo tardio, ..., houve de tudo um pouco.
É, quiçá, o cansaço provocado por algumas atribulações sem que se preveja o aparecimento de um raio de sol a aquecer e alimentar a força que nos norteou até ao momento.
E, é pena!...
Nada de comprometedor com as compensações que mereceríamos, não fosse a cegueira (des)propositada de quem não vislumbra mais além do que a pequenez do seu próprio espírito.
Independentemente de procurarmos a mudança através da inovação que, a cada momento nos surge, como que por magia, não encontramos o retorno devido e merecido. Assim vai a nossa escola, assim vão os nossos caminhos cada vez mais tortuosos. Quando se nos abre uma fenda a procuramos abri-la com todos os cuidados para não ferir susceptibilidades, há-de aparecer sempre alguém que nos diga: -- "Cada qual tem o seu método". E, a partir daí, surgem as maiores barbaridades pedagógico-didácticas a que temos que fechar olhos e ouvidos para ... deixar andar.
Ainda, ontem mesmo, isso acontecia, numa Reunião de Departamento. Até é "chic" a adesão a esta nomenclatura inovadora através da qual se entranha uma inovação que não passa da fase lexical.
É esta a escola que construímos, ou que destruímos?
Fique a questão, para quem queira responder... Até breve e, um abraço a quem se dignar por aqui passar.