terça-feira, 6 de maio de 2008

PNEPemCHAVES: AMOR


Ainda não tinha restado tempo para colocar à discussão dos "bloguenses" um caso curioso com que nos vimos confrontados num destes dias de «trabalho de campo/supervisão».
Quando, durante a escrita de uma mensagem elaborada por três meninas de seis anos, primeiro ano de escolaridade, nos referíamos ao «AMOR» que necessitamos de dispensar às florzinhas que, espontaneamente, nascem nos campos e nos dão tanta beleza e alegria, uma das crianças fez um comentário, acompanhado de um sorriso, de certa forma, dúbio, a pontos de a professora que as apoiava na tarefa ter feito uma paragem para se inteirar das razões do mesmo, ainda que sem qualquer admiração.
Não era a primeira vez que tinha que se fazer com crianças um pouco mais velhas.
Não obstante, depois de uma conversa sobre o sentido que encerra a palavra «AMOR» pareceu-nos pouco convincente, a recepção da mensagem.
A realidade é mesmo esta. É triste ter que confessar isto mesmo: o sentimento do «AMOR», com toda a sua carga afectiva, anda muito mal tratado.
Atenção, adultos educadores, pais e professores, em primeiro lugar, a tarefa que temos em mãos não está a ter a força que deveria. A Verdade é só uma. Não poderemos continuar a sustentar estas tropelias.
Desde a mais tenra idade vamos dizer e mostrar aos nossos filhos e netos, aos nossos educandos, que só há uma forma de «AMAR». É dar-se. É dizer a verdade. É responder com verdade. É ser sincero, leal, honesto. É chamar às «coisas» pelo seu nome. É educar na verdade, pela verdade, para a verdade, para o bem.
Sejamos sérios no tratamento de todos e quaisquer assuntos que as crianças nos coloquem. Sejamos simples e naturais como elas são.
Só assim poderão adquirir hábitos dignificantes da sua própria pessoa. Só assim conseguirão entender que o «AMOR» não pode ser outra coisa que não o seja.
Esse «Amor» que chega deturpado ao coração e à mente das nossas crianças, dos jovens e dos próprios adultos, será o «Amor» que necessitamos de despertar no Mundo em que vivemos? Que Mundo queremos deixar-lhes? A responsabilidade pesa sobre os nossos ombros. Saibamos nós assumi-la e mostar que o sentido do «Amor» está no íntimo de cada um de nós, é mais espiritual que material, embora, muitas vezes, tenhamos que o materializar. Nunca escravizar...
Fique para reflexão e, se quiserem, contestem, aplaudam, reforcem... Mas não calem.
Na Imagem que vos deixo, ainda que pouco visível, pode ler-se: "2008 -- 8.º Mandamento : Viver na Verdade". Trouxe-a para todos Vó/Nós.
Um abraço e até breve, Isaura.

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