sábado, 24 de maio de 2008

PNEPemCHAVES: A Escola




A Escola é isso tudo e muito mais. A leitura da mensagem que nos deixa veio trazer umas tantas questões que valeria a pena desventrar.
Vou tentar pegar, apenas, numa delas e partir em divagações, porque, na verdade, pouco ou nada mais podemos fazer.
Apostar na Educação. Incontestável.
Isto recorda-me uma conversa tida em família sobre este assunto. Entre os elementos envolvidos na discussão, foi mesmo discussão no bom sentido do termo, encontrava-se o meu irmão mais novo. Entusiasmo nas palavras e nos gestos, risos entrecortados por algo muito sério, vivências diversificadas, levavam as discussões ao rubro, numa reflexão social profunda que gostaríamos levassem à mudança. E levaram, mas a longo prazo, acredite-se.
Era a Política Educativa que muita gente não crê, em questão. Então, dizia-nos esse o meu irmão que era Gerente de uma Agência Bancária, nessa altura:
-- Está enganada. A Educação não rende no imediato. Ela só rende a longo prazo. Não dá lucro,não dá dinheiro, não é negócio, não gera riqueza. Entendes?
Se entendi!... -- Ah!... Então é por isso que!...
Já lá vão uns anitos. Mas «as coisas» continuam, ainda, tal qualmente estavam. Se não pior. Creio-o mesmo. Aqui prende-se uma outra questão: O complexo e complicado Fenómeno da Globalização.
Se, tal como dizes na tua mensagem, não houve o cuidado de preparar oferecendo os «meios de manuseamento/meios de criatividade», de alertar os verdadeiros protagonistas da educação, educativa/socialmente falando, em tempo adequado e em circunstâncias de contínuidade, como podem, estes seres concretos, estas pessoas, ter consciência da sua mesmidade e da sua alteridade, valores essenciais a esse Fenómeno?
Como podem ter-se preparado para adoptar o sentido de mundialidade que há séculos reclamam os mais fracos. Sim, é por eles que «outros» se aventuram clamar por justiça social. Sem eco, decerto. Sem reflexo social passível de diferenciação pela positiva.
A escola, independentemente de ser legislada de «escola de massas» continua a surtir efeito só para quem pode. E tem caminhado, a passos gigantescos, para o estado em que nos encontramos.
Que fazer? Ainda que pareça muito pouco, o que estamos fazendo, neste momento.
Dar a oportunidade para que cada qual desperte de uma vez por todas para a aprendizagem ao longo da vida.

Andar, caminhar, estudar, ler, escrever, fazer, conviver, ser, estar, constrói-se em cada momento.
Muitas vezes temos que aceitar as condições ínfimas para parar, pensar, recuperar... e, recomeçar sempre com o mesmo vigor. Isto é indispensável.

Vamos acreditar que esta Globalização começa em cada uma/um de nós. Vamos levar esta mensagem através do nosso exemplo no nosso quotidiano.
Juntando este quotidiano que é um minuto após outro e muitos, ao quotidiano dos outros, em casa, na escola, na rua que é (deveria ser) a casa e a escola de todos iremos mudar e ajudar a fazer EDUCAÇÃO. Sozinha(s/o(s) jamais conseguiremos.
Há que pensar globalmente e agir localmente, mas optimisticamente e transmitir essa condição: "Educar pela Positiva» a todos quantos connosco (comigo, se se quiser, sem individualismos egoístas)se cruzarem.
Esta será, decerto, uma outra e boa questão para trocar impressões «Educativa/socialmente falando».
Obrigada e, um beijinho muito amigo, Isaura.

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