sábado, 15 de março de 2008

O Nosso compromisso

O compromisso do Professor é o compromisso com a responsabilidade de ser agente da mudança, da transformação do indivíduo para lhe assegurar o direito de escolha e liberdade de pensamento que deve estimular o educador a ser um eterno aprendiz.
É o professor aquele entre todos que deve ser o mais curioso, o mais pesquisador e atento à vida. É aquele que deve temer que o aluno nos encontre sem estarmos prontos, mesmo sabendo que nunca estaremos, talvez só no Mundo das Idéias Perfeitas de Platão.
Não importa, porque o que importa de verdade é o diálogo com nosso aluno. E não podemos ser mestres menores do que o mestre que ele merece. Temos que ser bons, excelentes.

3 comentários:

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  2. Temos que ser bons, excelentes.

    Eu penso que todo o PROFESSOR é por natureza bom. Os outros serão agentes de ensino, aliás, é isto que os políticos querem que os PROFESSORES sejam. Agentes de ensino.
    Querem reduzir o acto educativo a números, tal como se faz nas empresas.
    Querem que os nossos alunos sejam a matéria prima necessária a esta empresa educativa.
    Querem que "os PROFESSORES" sejam os operários que, mesmo sem máquinas (entenda-se condições de trabalho), apresentem o produto final de elevada qulidade.

    Não querem um ensino humanizado.
    Não querem uma formação integral dos alunos, assente nos valores sociais e culturais.
    Não querem que o acto educativo seja valorizado socialmente.
    Não querem, não querem, não querem...
    Bem-haja pelo seu artigo, Herminio

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  3. És capaz de ter razão, mas ... não há nada pior para a razão do que perder a razão por excesso de razão (Hameline,1991). Foi um pensamento que ficou a marcar o ponto de encontro entre os dois extremos de um contínuum que não há maneira de serenar os corações e as mentes de quem se dedica, de corpo e alma, a uma tarefa que abraçámos e que continuamos a partilhar, há já alguns anos. Não sei quantos!... Só sei que perduram e se conjugam em ideais comuns a esta comunidade educativa, profissional, que se reencontrou e que nos levará a contribuir para que a situação que vivenciamos, no presente, seja diferente num futuro que desejamos seja próximo e duradoiro, que venha para ficar. A forma como a realidade se apresenta retratada, é clara. Contudo, não podemos, porque não devemos, mergulhar nas profundezas destes tempos que correm. Há que amainar tempestades; há que serenar ânimos exaltados; há que acreditar que as «coisas educativas» hão-de ser diferentes; há que saber esperar para que se faça justiça... Ela há-de chegar, não vamos duvidar. Somos Educadores conscientes dos nossos valores e, como tal, vale mais o que nós queremos que os que "eles querem, ou não querem...". Vamos pensar positivamente, optimisticamente, e agir em conformidade. Temos nas nossas mãos o presente. Esses que "não querem..." têm, apenas, o futuro. Esse futuro que nós, com persistência,com tolerância, com abundância colocamos nas mãos frágeis das nossas crianças para que elas possam criar e recriar o seu próprio caminho, transformando esse produto que «eles querem, ou não querem» em processo contínuo de crescimento junto com as famílias de que fazem parte. É aí, na Família, que se formam e se continuam os valores que hão-de transformar em humanidade esse humanismo que falta neste social que, também, nos pertence. Há que, Escola e Família(s), retomar o lugar que lhes compete e tudo será diferente. Sei que partilha desta opinião. Vamos fazer com que se concretize, em breve. Força e coragem não lhe tem faltado. Obrigada por esta oportunidade reflexiva, de triálogo, uma vez que ela só foi possível em conjugação com a anterior. Que outros a completem à sua maneira. Um abraço, Isaura.

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