sexta-feira, 25 de abril de 2008

PNEPemCHAVES: Santo Amaro


Foi. Dia 24 de Abril estivemos na Escola de Santo Amaro. Os nossos meninos e meninas e seus professores anteciparam, comemorarando, o "Dia 25 de Abril", como "Dia da Liberdade". Foram momentos muito ricos de conteúdo e de mensagem, depois de a professora ter levantado a questão:
-- O que é para ti "ser livre"?
Caso curioso é que quase todas as crianças aliaram o sentido de "ser livre" ao "ar livre, às borboletas, aos passarinhos,..."
E, na verdade, se nos ajustarmos a esta ideia, tal como elas o entendem, o conceito de liberdade, seria mesmo esse: -- "fazer o que eu quero".
Só que a conversa prosseguiu com mais uma observação:
-- Então, também podes destruir o material, bater, ralhar, gritar, conversar ...
As observações ficaram em suspenso. As reacções vêm de imediato:
-- Não. Há regras que temos que conhecer para cumprir.
Na realidade, não sabemos se esses limites, são mesmo para cumprir, nos dias de hoje. Bom seria que assim fosse.
E, ao dizermos «bom seria...», vem-nos à ideia um sem número de acontecimentos sobre os quais seria muito bom reflectirmos para sobre eles agir de forma consciente, conveniente, convincente.
Não tem passado, decerto, despercebido a quem quer que seja um sem número de actos que as famílias e as escolas têm que enfrentar para evitar, para mitigar, para atenuar, para eliminar, um sem número de atitudes e comportamentos tomadas(os) por crianças, jovens e adultos e que se reflectem na sociedade pela qual todos somos responsáveis.
Porém, não somos alheios à responsabilidade acrescida que recai sobre os educadores mais directos: pais e professores, os verdadeiros representantes da família e da escola e, por inerência, também de uma boa parte do social.
E, tal como os nossos meninos puderam concluir, é mesmo de uma conclusão que se trata, aqui, agora e sempre, necessitamos de "ter regras e cumpri-las no que elas têm de mais valia". Abdicar delas constituiria, pois, um grave atropelo aos deveres e aos direitos de todo e qualquer cidadão. Tal como seria uma afronta e um perigo para os valores de cidadania e, como tal, da Liberdade.
Os nossos meninos aprenderam que obedecer aos pais, às professoras e aos professores, afinal, não é assim tão descabido, desde que essa obediência se funde em princípios de respeito mútuo, de interajuda, de colaboração, de compreensão, valores, baseados no AMORconstruído a cada momento vivido em conjunto.
As mensagens que nos deixaram nos trabalhos realizados, em pequenos grupos, são disso testemunho educativo muito concreto.
Parabéns pelo trabalho e muito obrigada pela oportunidade de reflectirmos sobre esta lição que todos temos que aprender e aplicar.
Se continuarmos a trabalhar neste sentido cremos que o "25 de Abril" se cumprirá como "Dia da Liberdade".
Voltaremos, decerto, a falar de temas tão actuais. Um beijinho para todos, Isaura.

Sem comentários:

Enviar um comentário