quinta-feira, 17 de abril de 2008

Aprender tem de ser sempre divertido?

O professor William Ayers alistou dez mitos sobre o ensino. Um deles é: "Os bons professores ensinam divertindo." Ele continua: "A diversão distrai e é agradável. Os palhaços são divertidos. Brincadeiras podem ser engraçadas. Já aprender pode ser envolvente, absorvente, surpreendente, intrigante, cativante e muitas vezes bem agradável. Se for divertido, muito bem. Mas não precisa sê-lo todo o tempo." Ele acrescenta: "Ensinar requer amplo conhecimento, habilidade, talento, bom critério e compreensão — e acima de tudo, uma pessoa atenciosa, que se interesse pelos alunos." — To Teach—The Journey of a Teacher.
Sumio, de Nagoya, Japão, encontra o seguinte problema entre os alunos: "Muitos alunos do ensino médio não têm interesse em nada a não ser em se divertir e fazer coisas que não exijam nenhum esforço."
Rosa, conselheira estudantil de Brooklyn, Nova York, disse: "A atitude geral dos alunos é de que aprender é chato; que o professor é chato. Eles acham que tudo devia ser divertido. Não entendem que aprender depende do esforço de cada um."
Pensar só em se divertir torna mais difícil para os jovens se esforçarem e fazerem sacrifícios. Sumio, acima citado, disse: "O problema é que eles não conseguem enxergar as coisas em longo prazo. São pouquíssimos os alunos do ensino médio que enxergam que o esforço de hoje será compensado no futuro."
(in "blogueducar")

1 comentário:

  1. Decerto se pergunta, neste momento, a razão por que este talento andava por aí à solta. Na verdade, concordamos com essa posição e, resolvemos, tão depressa quanto nos foi possível, «agarrá-lo» e trazê-lo para estas bandas. É urgente que nos consciencializemos que a Educação tomará rumos de sucesso quando todos «dermos uma mãozinha» e, sobretudo, os que estão disponíveis para o fazer. Vamo-nos firmando e afirmando, aos poucos. Já somos alguns, ainda que não sejamos todos. Creio poder confirmar que estamos todos empenhados em colaborar colocando questões, saberes, reflexões, dúvidas, em debate pela causa que, convictamente, abraçámos e vamos abraçandpo em cada dia que passa. Só que há lacunas, principalmente do foro tecnológico que vamos aprendendo a dominar, pouco a pouco. Mas vamos, ainda que tentando, persistindo acreditando que somos capazes. É esta uma outra qualidade que aprendemos a cultivar ao longo da nossa jornada: a persistência. Daí sermos capazes de, com alegria, entusiasmo, a tal habilidade e o tal talento, misturados com um pouco de «novas formas de encarar a aprendizagem», as tais «metodologias activas» que através do "jogo" penetram e mudam maneiras de ser e de estar, transformar a escola nesse espaço e tempo atraente que urge implantar, Obrigada pela lição e pela oportunidade. Um abraço bem à nossa maneira, Isaura.

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