Ainda que pareça um trocadilho de
meras palavras, assim não o entendemos, na verdade. E é mesmo esta que nos interessa, neste momento.
Ainda que possa parecer descabido trazer hoje esta
enorme preocupação, creio que ela vem de encontro aos
grandes remédiosque temos para as curar, ou, pelo menos, atenuar.
As razões dessas
Grandes Preocupaçõescentram-se numa notícia transmitida no Tele-Jornal das 20H emitida na RTP e na voz de José Alberto de Carvalho.
Ela remete-nos, essenciamente, para uma enorme responsabilidade pendente sobre as cabeças dos professores e que não é a primeira vez que vem a lume.
Era, tão só, a seguinte:
Um estudo, feito em 1700 escolas, revela que os alunos do Ensino Secundário não dominam a leitura e a escrita, seja em termos de expressão escrita, seja em expressão ortográfica, seja no encadeamento de ideias, seja no domínio da construção frásica.
Decerto, em palavras que registei, apenas de memória, não seriam bem estas as que o
célebre jornalistaempregou. Contudo, o sentido não foge a uma realidade que me confrange, também.
E, é duro ouvir isto mesmo. Como
professora primária(e permitam-me abrir este parêntesis, para vos trazer esta reflexão, numa questão que continua tão premente quanto o dia que depois de uma noite nos traz a luz do sol que nos ilumina (?): se há professores do ensino secundário, porque não os há-de haver do ensino primário?) arrepia-me, confrange-me, revolta-me, (...) ouvir que os nossos jovens possam chegar ao ensino secundário sem saber ler, muito menos escrever. Que o digam os alunos e as alunas com quem tive a dita de trabalhar já lá vão 50 ANOS!...
É verdade, já lá vão 50 anos, 50 anos. E parece que foi ontem. Mais uma verdade. Mas se eles fazem parte de sse passado eles fazem mais parte deste presente que continua a ser pautado por normas que trazem algum conforto a quem tem feito da sua Vida profissional / docente a sua caminhada de VIDA. Por isso mesmo aqui estou, "de pedra e cal" até que se cumpra o terminus legal desta carreira docente, porque a profissional há-de manter-se, enquento o mundo for mundo.
Porém se "as preocupações são grandes", os "remédios são muito maiores".
E acreditem que não são remédios para curar doenças que entraram no período crónico, muito menos para "remendar/remediar" (atente-se na semelhança das palavras)situações cuja enormidade dos "buracos" não tem alcance de possível resolução.
Há que prever, há que prevenir, há que cuidar, há que repensar a forma de "dar a volta à situação" de forma eficaz e eficiente.
É essa que eu vos ofereço, de mão beijada, (a vossa).
Tenho o remédio, já testado ao longo dos anos desta carreira docente de que me orgulho, sem vaidade desmedida, na simplicidade do que faço, do que sou: A TESE de DOUTORAMENTO, defendida em 21 de Julho de 2009, versa, precisamente sobre o sucesso dos alunos que me acompanharam ao longo dos anos. O conteúdo, testado numa turma de 21 alunos e alunas, durante os quatro anos de escolaridade partilhados em conjunto e em verdadeira comunidade educativa, resume-se a estas palavras:
Encantos de uma Língua Falada e Escrita: um Projecto de Investigação-Acção para o Ensino da Língua Portuguesa.
Gostaria de a poder publicar. Sei que isso me irá acarretar uma despesa que não sei se conseguirei comportar, dado as situações a que nos reduziram, aliadas a outras de índole familiar que vou controlando como posso que afectam, ainda que não sejam, para aqui, chamadas.
Tenho a esparança, contudo, dessa possibilidade: oferecer a quem dela quiser desfrutar num pontapé de saída para o sucesso linguístico e não só, dado a transversalidade que ela própria nos impõe.
Somos o OLP-Observatório da Língua Portuguesa
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