sábado, 1 de janeiro de 2011

Grandes Preocupações:

Eis que o primeiro dia do ano cicil de 2011, nos traz mais esta oportunidade de encontro entre quem escreve e quem lê na mensagem do locutor a sua própria mensagem.
Ainda que pareça um trocadilho de
meras palavras
, assim não o entendemos, na verdade. E é mesmo esta que nos interessa, neste momento.
Ainda que possa parecer descabido trazer hoje esta
enorme preocupação
, creio que ela vem de encontro aos
grandes remédios
que temos para as curar, ou, pelo menos, atenuar.
As razões dessas
Grandes Preocupações
centram-se numa notícia transmitida no Tele-Jornal das 20H emitida na RTP e na voz de José Alberto de Carvalho.
Ela remete-nos, essenciamente, para uma enorme responsabilidade pendente sobre as cabeças dos professores e que não é a primeira vez que vem a lume.
Era, tão só, a seguinte:
Um estudo, feito em 1700 escolas, revela que os alunos do Ensino Secundário não dominam a leitura e a escrita, seja em termos de expressão escrita, seja em expressão ortográfica, seja no encadeamento de ideias, seja no domínio da construção frásica
.
Decerto, em palavras que registei, apenas de memória, não seriam bem estas as que o
célebre jornalista
empregou. Contudo, o sentido não foge a uma realidade que me confrange, também.
E, é duro ouvir isto mesmo. Como
professora primária
(e permitam-me abrir este parêntesis, para vos trazer esta reflexão, numa questão que continua tão premente quanto o dia que depois de uma noite nos traz a luz do sol que nos ilumina (?): se há professores do ensino secundário, porque não os há-de haver do ensino primário?) arrepia-me, confrange-me, revolta-me, (...) ouvir que os nossos jovens possam chegar ao ensino secundário sem saber ler, muito menos escrever. Que o digam os alunos e as alunas com quem tive a dita de trabalhar já lá vão 50 ANOS!...
É verdade, já lá vão 50 anos, 50 anos. E parece que foi ontem. Mais uma verdade. Mas se eles fazem parte de sse passado eles fazem mais parte deste presente que continua a ser pautado por normas que trazem algum conforto a quem tem feito da sua Vida profissional / docente a sua caminhada de VIDA. Por isso mesmo aqui estou, "de pedra e cal" até que se cumpra o terminus legal desta carreira docente, porque a profissional há-de manter-se, enquento o mundo for mundo.
Porém se "as preocupações são grandes", os "remédios são muito maiores".
E acreditem que não são remédios para curar doenças que entraram no período crónico, muito menos para "remendar/remediar" (atente-se na semelhança das palavras)situações cuja enormidade dos "buracos" não tem alcance de possível resolução.
Há que prever, há que prevenir, há que cuidar, há que repensar a forma de "dar a volta à situação" de forma eficaz e eficiente.
É essa que eu vos ofereço, de mão beijada, (a vossa).
Tenho o remédio, já testado ao longo dos anos desta carreira docente de que me orgulho, sem vaidade desmedida, na simplicidade do que faço, do que sou: A TESE de DOUTORAMENTO, defendida em 21 de Julho de 2009, versa, precisamente sobre o sucesso dos alunos que me acompanharam ao longo dos anos. O conteúdo, testado numa turma de 21 alunos e alunas, durante os quatro anos de escolaridade partilhados em conjunto e em verdadeira comunidade educativa, resume-se a estas palavras:
Encantos de uma Língua Falada e Escrita: um Projecto de Investigação-Acção para o Ensino da Língua Portuguesa
.


Gostaria de a poder publicar. Sei que isso me irá acarretar uma despesa que não sei se conseguirei comportar, dado as situações a que nos reduziram, aliadas a outras de índole familiar que vou controlando como posso que afectam, ainda que não sejam, para aqui, chamadas.
Tenho a esparança, contudo, dessa possibilidade: oferecer a quem dela quiser desfrutar num pontapé de saída para o sucesso linguístico e não só, dado a transversalidade que ela própria nos impõe.

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