Na continuidade do pensamento que nos deixam Ribeiro dos Santos e Balancho, aqui fica mais um «pedacito» para sobre ele reflectirmos e levarmos mais além o sonho que acalenta e fortalece:
"Não repetiremos aqui os diferentes comportamentos pedagógicos divulgados e praticados ao longo dos anos, desde o autoritarismo da Escola Tradicional à não directividade da Pedagogia Activa de Pestallozi, Dewey ou Freinet.
Têm sido descritos nas mais variadas obras, com maior ou menor profundidade .
A análise de tais comportamentos tornar-se-ia redundante no actual contexto pedagógico.
O nosso objectivo centra-se, sobretudo, ma tentativa de posicionar correctamente o professor no Projecto Educativo que integra, propondo-lhe uma nova «atitude».
Essa «atitude» pressupõe a capacidade de mudar a educação por dentro, promovendo a alteração das mentalidades de todos os protagonistas do processo educativo.
A iniciativa cabe, necessariamente, ao professor, porque ele deverá ser, de entre todos, o mais lúcido dos protagonistas.
Não queremos, com esta afirmação, retirar as responsabilidades inerentes aos outros passageiros do mesmo barco, empenhados em idêntica viagem.
Pretendemos, isso sim, colocar o professor ao leme, porque esse é o lugar que lhe compete:
... por vocação de sujeito atento, que opera e que transforma;
... pelo posicionamento estratégico que ocupa no processo educativo;
... pela sua cosmovisão, favorável, por inerência de funções, à activação dos mecanismos que conduzem à comunicação aberta;
... pela capacidade de definição de uma «atitude pedagógica» assente no diálogo criativo".
Por hoje basta. Cremos ter o suficiente para podermos meditar e encontrar nas suas palavras a vitalidade que nos vai sendo cortada por muitos dos que trabalham mesmo ao nosso lado, para não ir mais longe. Esses(as), os distantes que venham mergulhar, de verdade, numa realidade que ajudamos a construir, construção que ninguém consiguirá parar, ainda que a possa paralizar. Não haverá aqui alguma contradição???
Espero a retoma com votos de Bons dias. Um abraço, Isaura.
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