quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Que papel desempenha a escola actual?!!!

É mais que sabido que a Escola se depara com problemas de indisciplina que dificultam a aprendizagem dos alunos. Este flagelo tem a sua responsabilidade em factores sociais...ideológicos...priorização de objectivos.

Esta problemática é vista por Lopes(2001) como sendo "...um erro crasso erigir a socialização como objectivo primeiro da escola".

Segundo Lopes (2001) "O papel da escola transformou-se e evoluiu rapidamente de "local de instrução" para "local de socialização ". O facto de um grande número de alunos, a partir de uma determinada idade e após muitos insucessos, se mostrar relativamente alheio ao fracasso escolar, não se mostrando sequer particularmente infeliz com a situação, revela que a escola passou a ser percepcionada por eles como um local fundamentalmente de socialização e não de instrução."

O facto de a escola, neste momento, ser multifacetada, e lhe ser exigido que desempenhe papéis que deveriam ser da responsabilidade das famílias, da segurança social, da polícia, ...faz com que o seu papel seja liquidado. Isto porque as múltiplas funções que lhe são atribuídas nem sempre são exequíveis. "Os agentes da educação, não estão, nem têm que estar, preparados." Lopes (2001) ...

Quanto tempo demorará esta inversão no papel da escola?

1 comentário:

  1. Naverdade a problemática lançada por Adosinda Pires merece toda a atenção numa escola que se pretende inovadora, acima de tudo, reflexiva. Estas são questões educativas com que nos debatemos no nosso quotidiano. E que nos ocupam uma boa parte desse mesmo quotidiano. A socialização, na verdade, é um problema muito mais profundo a que a escola não conseguirá dar resposta se não tiver outras instituições competentes na rectaguarda e na vanguarda: a FAMÍLIA (escrita com letra maiúscula)e todos os órgãos institucionais que DEVEM à FAMÍLIA o seu contributo sem qualquer tipo de reservas. O que me parece não está acontecendo. À ESCOLA bastar-lhe-ia ser parceira incondicional na educação e instrução desses seres em pujança, acompanhando o seu desenvolvimento de forma harmoniosa, gradual, sensata, responsável. Será que as condições «actuais» desta ESCOLA que todos reclamam de qualidade, podem satisfazer, minimamente,esse trabalho que é reclamado aos professores? Fica mais uma questão a fazer sentido e jus a todos os profissionais que, independentemente dos esforços despendidos continuam à espera de espaço e tempos de compreensão, colaboração, interajuda. Iremos prosseguir serenamente a exigir o que nos compete. Até breve, Isaura.

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