sábado, 10 de janeiro de 2009

Ano-Novo

(...) Há-de ser, se Deus quiser, dizíamos «ontem» e dizemos «hoje», com mais convicção, ainda. Em termos pessoais, teremos que acreditar que isso é possível; em termos profissionais também. Só que, num caso ou noutro, ou em ambos, as coisas não são tão lineares, quanto possam parecer, à primeira vista.
O tempo nos irá certificar que assim é. Jamais podemos agir longe da influência de uma sociedade que, por mais que nos esforcemos, rejeita, de forma mais ou menos liminar, as pessoas que demonstram ter algum sucesso, alguma adesão à mudança, integração de inovação na escola.
E, graças a Deus, nós temos conseguido obter algum, muito mais do que se poderia prever.
Só que o desgaste, o dispêndio de energias e de recursos económicos que ultrapassam, tantas vezes, o simples orçamento familiar que temos que gerir segundo os elementos que constituem essa célula social de suma importância, ultrapassam as forças que vamos reganhando a cada passo que nos leva mais além.
Na verdade, esta é uma realidade com que nos temos confrontado há já alguns anos.
Não valerá a pena, decerto, recuar neste passado mais ou menos próximo que, agora, marca o final de uma etapa que não é, nada mais, nada menos, que o início de uma outra.
Cada qual a mais aliciante; cada qual a mais expectante. Até onde, até quando, até quanto...?
Ninguém mandou prosseguir até este patamar, dirão os mais críticos, os mais incautos, os mais alheios a esta realidade educativa cuja mudança não deixa de ser notória, ainda que não assumida, ainda que o julguem.
E nós? Continuamos a ter "escolas do século XIX, professores do século XX, para alunos do século XXI", (Congresso a Fenda Dixital 2006/Silleda) ideia que muito marcou toda a nossa atitude de educadores deste início de século. É que não temos parado no tempo. Pelo contrário. Ainda no século passado, temos procurado colocar os nossos alunos/alunas, pais/encarregados(as) de educação, professores de todos os níveis de ensino por que temos passado, em situação de aprendizagem, de descoberta, de construção de conhecimentos, procedimentos, atitudes.
Os primeiros alvos da nossa caminhada educativa têm acompanhado, colaborado, partilhado, com todo o entusiasmo, o nosso saber, saber-fazer, saber-ser.
Não obstante, e, por incrível que pareça, tem sido o terceiro vector o que mais resistências nos têm reservado.
As razões?... Sem querer generalizar temos um palpite retirado de uma prática verdadeiramente assumida.
Será que alguém terá a coragem de acrescentar algumas mais?...
Podemos conprová-lo, aliás, iremos demonstrá-lo em breve, em defesa em provas públicas a que sujeitamos o trabalho realizado, cujo título incide em:
-- "Encantos de uma Língua Falada e Escrita -> Um Projecto de Investigação-Acção para o Ensino da Língua Portuguesa". 
Está completo, na forja, à espera do momento do desenlace final.
Enquanto, iremos apresentando umas pequenas amostras com que pretendemos entabular o debate, levar uma mensagem de partilha, proporcionar momentos de reflexão, oferecer algumas pistas de trabalho que vale a pena experimentar.
Estaremos disponíveis, com toda a humildade, para seguir em frente com todos/as quantos desejem mudar a escola, aderir a uma proposta de trabalho tão diferenciado quanto o é cada uma das realidades que nos cercam.
Até sempre. Um abraço, amigo, Isaura

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